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domingo, 5 de janeiro de 2020

A Guerra dos Mundos - Livro Desejado

Durante a exposição da Coleção Brasiliana Itaú de Olavo Setubal encontrei a ilustração de Henrique Alvim Correa (1876–1910) para o livro A guerra dos mundos (L´arrivée Des Marsiens). A descrição de um livro de ficção futurista me chamou a atenção. Mal sabia que esta era a imagem de uma das rádio-novelas que eu sempre contava aos meus alunos.
A famosa história que foi contada pelas rádios brasileiras e que causou um alvoroço na população dizendo que o mundo estava sendo invadido por alienígenas é uma adaptação do livro A guerra dos mundos de H. G. Wells que até virou filme, encenado por Tom Cruise. 

Seguem as ilustrações do brasileiro Henrique Alvim Correa, presentes no livro de Wells:

Espero em breve conseguir um exemplar deste livro. Ainda mais agora, que descobri que é do mesmo escritor de "A ilha do Dr. Moreau", uma história maravilhosa que conheci quando mais nova.

HG Wells trabalhou como aprendiz de um cortador e assistente de um químico antes de ganhar uma bolsa aos dezoito anos de idade que lhe permitia estudar com o biólogo TH Huxley. Ele publicou seu primeiro livro, Textbook of Biology , em 1893, e seu primeiro romance, The Time Machine , em 1895. "É o meu trunfo", escreveu a um amigo sobre o livro, que se tornou um sucesso imediato. Nos dois anos seguintes, Wells publicou The Island of Doctor Moreau e The Invisible Man .



Visita ao "Espaço Olavo Setubal - Coleção Brasiliana Itaú"

Nesta sexta-feira (03/01/2020) realizei a visitação ao Espaço Olavo Setubal, presente no 4º e 5º andar do Itaú Cultural. A exposição está dividida em 9 módulos que nos mostram mapas, aquarelas, registros e outros documentos da coleção pessoal de Olavo Setubal, um dos líderes do Banco Itaú.
Estes materiais nos mostram através da História como o Brasil era visto nestes últimos 500 anos. Tive uma experiência grandiosa sobre nossa história e como nosso país era representado para o mundo através dos tempos. Já havia visitado a exposição Itaú Numismática, que contava sobre nossos registros através das moedas de sua coleção, mas acredito que esta foi muito melhor. 

“As conquistas abolicionistas, como a Lei do Ventre Livre, a Lei dos Sexagenários e a Lei Áurea, foram comemoradas com medalhas em prata e cobre produzidas por todo o Brasil entre 1871 e 1888. Estas são medalhas da Bahia, de Pernambuco, do Ceará e do Rio de Janeiro,que celebram as grandes etapas do abolicionismo e trazem belas cenas gravadas em suas faces.”

Trecho descritivo presente na exposição.
Ilustração de Henrique Alvim Correa (brasileiro, 1876–1910) chamada
Livre Premier: L'arrivée des Martiens, do livro Guerra dos Mundos de 1906.
 Reportagem e Manifesto Antropofágico com ilustração de Tarsila do Amaral, de 1928.
Documentos do Modernismo Brasileiro, com gravuras de Lasar Segall e até a música "A Garota de Ipanema" escrita a mão por Vinícius de Moraes.  

Ilustração original de Walt Disney quando veio ao Brasil.

Módulos da exposição: Os módulos podem ser vistos com maiores detalhes no site: https://www.itaucultural.org.br/espaco-olavo-setubal/

sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

Exposição "Franz Weissmann - O Vazio Como Forma"

Período de Exposição: 27 de Novembro de 2019 à 09 de Fevereiro de 2020.
Local: Itaú Cultural (Av. Paulista, 149 - São Paulo)

A exposição das obras de Weissmann traz um olhar significativo aos espaços vazios presentes em suas obras. O que sempre me chamou a atenção no trabalho deste artista foi a forma como ele explora a profundidade nas imagens em duas e três dimensões. É através do conceito de "Vazio" que o curador Felipe Scovino traz esta reflexão. 
O efeito visual que surge pode ser notado enquanto o expectador percorre o espaço onde as esculturas de Weissmann. Scovino afirma que esta é uma "pesquisa construtiva, levando a escultura a bailar como um desenho no espaço". 
Franz Weissmann chega ao Brasil com 10 ano em 1921, imigrante austríaco que percorreu São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro onde pode se estabilizar com sua família, após trabalhar com agricultura e carroceria. Estudou na Escola Nacional de Belas Artes - Rio de Janeiro e após o convite de Guignard, mudou para Minas Gerais para lecionar na Escola do Parque, dando aulas para Amilcar de Castro e Mary Vieira. 
Durante a exposição pode-se notar como este artista foi referência para o trabalho Bichos de Lygia Clark, que traz uma  busca além do olhar do expectador. 
O ateliê de Weissmann em Ramos, Rio de Janeiro, mostra como o artista explorou de forma infinita as possibilidades do Vazio através de diferentes matérias (metal, madeira... esculturas, desenhos...).
Outro fator importante no trabalho de Weissmann é o uso da cor em suas esculturas, pois ele foi um dos primeiros artistas brasileiros a cobrir suas obras com cores. Até mesmo a questão da ferrugem do material escolhido tem o princípio da cor:
Uma série de trabalhos que me chamou muito a atenção são as telas de metal Sem Título que trazem um olhar para a textura e os vãos que elas formam conforme foram amassadas. É como construir uma pintura sem usar pincel para trazer a tridimensionalidade de diferentes maneiras.
Mas, minha parte favorita da exposição está no olhar inclusivo que as exposições de arte vem abordando nos últimos anos. O Itaú Cultural criou legendas em Braile, explicações em áudio e vídeos em libras para seu público. Havia réplicas de algumas esculturas de Weissmann para os visitantes tocarem e explorarem o posicionamento das obras e também dos desenhos e pinturas dos artistas, onde o expectador podia passar a mão e sentir a imagem, compreendendo suas formas, cores e texturas que nos desenhos são bidimensionais. 
Para aqueles que gostaram do pouco que contei, vale a pena visitar a exposição das obras deste artista que ficará até Fevereiro de 2020 no Itaú Cultural. Já aqueles que acham que já viu alguma obra desse artista, segue a lista de obras dele que estão em São Paulo:
1 - Cantoneiras, 1975 - Frente ao MAM/SP no Parque do Ibirapuera.
2 - Grande quadrado preto com fita, 1985 - Próximo ao Pavilhão da Bienal de São Paulo no Pq. Ibirapuera.
3 - Estrutura em Diagonal, 1978 - FAAP, Higienópolis.
4 - Estrutura Vazada, 1978 - FAAP, Higienópolis.
5 - Portal, 1991 - Banco Itaú, Parque Jabaquara.
6 - Flor de Aço, 1986 - Banco Itaú, Parque Jabaquara.
7 - Diálogo, 1979 - Praça da Sé.
8 - Cubo em Diagonal, 1978 - Edifício Pedro Biagi, Av. Paulista,460.
9 - Fita, 1985 - Pinacoteca do Estado de São Paulo.
10 - Grande Flor Tropical, 1989 - Memorial da América Latina, Barra Funda.
11 - Cubo Azul, 1978 - 2011 - Pq. Prefeito Mário Covas, Av. Paulista,1853.
E se nunca perceberam estas obras, vale a pena dar um instante de atenção ao passar por estes lugares!

Exposição "Isto é Mangá - A arte de Naoki Urasawa"

Entre os dias 29 de Outubro de 2019 e 05 de Janeiro de 2020 a exposição "Isto é Mangá" mostra os trabalhos originais do artista Naoki Urasawa, criador dos títulos que coleciono: Monster e 20th Century Boys
Escultura do personagem "O AMIGO", do mangá 20th Century Boys.
A exposição proporciona a experiência de conhecer o mundo dos quadrinhos japoneses, para aqueles que ainda não os conhecem; o percurso de criação de Naoki Urasawa e o material original de cada um de seus trabalhos.

O que mais me chamou a atenção foram as réplicas dos quadrinhos que Urasawa criava quando criança: histórias completas, com diversas páginas, que exploravam a perspectiva e a expressões dos personagens no mangá. Ficam claras as influências que o artista recebia de outros Mangakás. Ainda estou me lamentando de não ter me gravado folheando estes quadrinhos, pois ele já tinha um domínio sobre quadrinhos com pouca idade. Até uso de hachuras e balões variados pude perceber. Acho que com esta idade eu fazia belos bonecos desengonçados.
Na imagem ao lado, temos um desenho feito por Urasawa com 6 anos e logo abaixo, imagens dos quadrinhos feitos com 10 e 12 anos.
Apesar de gostar muito do mangá 20th Century Boys, eu não conhecia os outros trabalhos de Urasawa. Foi muito legal saber que os títulos YAWARA!, Mujirushi, Asadora e Billy Bat também são dele. Outro, feito com Osamu Tezuka, chamado Pluto me chamou a atenção. Quero muito ler! O personagem principal chega a ser caricatura do Astro Boy. 
Títulos presentes na exposição: 
YAWARA! (1985 – 1993)
MASTER KEATON ReMASTER (1988 – 1994) Naoki Urasawa / Co-autor: Takashi Nagasaki
MONSTER (1994 – 2001)
20th CENTURY BOYS (1999 – 2006)
PLUTO (2003 – 2008) Naoki Urasawa / Co-autor: Tezuka Osamu e Takashi Nagasaki / Supervisão: Macoto Tezka / Colaboração: Tezuka Productions
BILLY BAT (2008 – 2016) Naoki Urasawa / Co-autor: Takashi Nagasaki
MUJIRUSHI ( 2018 - ) Naoki Urasawa / Colaboração: Fujio Production

Pesquisando um pouco mais sobre o artista e a exposição, pude ver que a mesma ocorreu em Londres, onde o artista pessoalmente criou o painel com o personagem Otcho do mangá que tanto gosto. O vídeo estava disponível na exposição. Como não achei o mesmo para colocar no site, vou deixar este... que mostra o artista criando o painel:
Durante a busca, achei o momento que o artista mostra como sua arte está interligada à criação musical e seus desenhos. Percebe-se que ele se espelhou para criar o personagem Kenji que também gosta de criar suas canções, tanto que nos originais podemos notar que ele escreve a cifra da música junto às falas do personagem no mangá. 
Como estava acompanhada da Mônike (Niku), passamos bons momentos observando os detalhes das retículas e acabamentos nos originais. A delicadeza do desenhista em mostrar um bom acabamento em seus trabalhos e os efeitos criados com tinta acrílica nas ilustrações coloridas (realmente fiquei maravilhada!).
Será que a Japan House trará mais exposições de Mangakás? 
A exposição está finalizando neste domingo (5 de Janeiro de 2020) o que não ajuda muito para aqueles que se interessaram poder ir no local, mas deixo a dica de lerem os mangás de Urasawa que ontem (02/01/20) completou seus 60 anos. 既存の浦沢直樹さん、ありがとうございました!(Obrigada por existir, Naoki Urasawa!).